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O guerreiro

Howard o guerreiro caminhava em meio a floresta densa. Um verde pastel saturou seus olhos e uma estranha melancolia grassava seu coração. 

Ele caminhava por uma trilha estreita e ouvia atento aos ruídos daquele lugar selvagem. Seus passos se misturavam aos ruídos selvagens e sua lâmina em punho segurada com a devoção de um guerreiro de sangue, ímpio e cruel. 

Seus olhos negros e selvagens percorriam cada canto daquele labirinto verde. Suas mãos não esboçaram um só tremor nem qualquer sinal de fraqueza. Sua alma foi forjada no aço das guerras burlada pelo estrondo monstruoso das batalhas. 

Seus cabelos compridos e negros corriam pelos ombros fortes e sua alma gritava a febre sedenta de sangue. Era uma estátua de ferro pronta a atacar.

Ele enxergou ao longe uma clareira enquanto a mata densa começava a escassear. Ele segurou firme sua espada e foi em direção à clareira. 

Um ciclópico templo de mármore dourado resplandecia. Ele cheio de deslumbramento e ao mesmo tempo terror, vislumbrou aquele tempo e olhou imediatamente percebendo que seu cume se perdia nas nuvens dum céu azul pálido. 

O portal era imenso e feito de ferro forjado. Dois ídolos monstruosos um na lateral esquerda e outro da lateral direita. Então um dos atalaias com uma voz pastosa falou."O que queres aqui forasteiro?" O guerreiro com voz tonitruante então retorquiu. " O que são vocês e este templo?" " Somos os vigilantes deste lugar assombrado. Nenhum mortal entra aqui a séculos". 

O guerreiro então guardou sua espada e fitou com assombro aquele estranho lugar. Sua alma se inebriou de algo indefinível. Então foi e puxou o portal de ferro enegrecido. A porta rangeu e soltou um doloroso gemido. 

Quando ele a arrastou uma revoada de morcegos voou para fora. Ele então foi entrando no imenso palácio. Mal sabia ele que ali vicejaria sua perdição.